Tratamento do câncer de cabeça e pescoço

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Tratamento do câncer de cabeça e pescoço

Os popularmente chamados cânceres de cabeça e pescoço correspondem aos carcinomas espinocelulares e podem acometer os lábios, língua, boca, garganta, laringe e hipofaringe. Tumores em outras localizações ou de outros tipos também podem surgir nessa região, porém, não serão o foco do texto a seguir.

O tratamento destes tumores depende do estadiamento, ou seja, o grau de acometimento no organismo. No caso de doenças localizadas, em que a retirada do tumor não altera de forma importante a funcionalidade do indivíduo, a cirurgia é a opção preferida, seguida ou não de um tratamento complementar com a radioterapia. Em outras situações, a radioterapia pode ser empregada como forma de tentar erradicar a doença. Nesse contexto, o tratamento sistêmico, através de medicamentos, como a quimioterapia, pode ser utilizado para aumentar a ação da radioterapia, por exemplo ou de forma isolada para controlar a doença antes ou após um tratamento local.

Dentre os tipos de tratamento sistêmico que utilizamos para o câncer de cabeça e pescoço temos a quimioterapia, anticorpos monoclonais e a imunoterapia. Diversos são os tipos de quimioterapia e efeitos colaterais. A forma de administração, tempo de tratamento e combinação de medicamentos depende da extensão da doença e a condição física do indivíduo.

Os anticorpos monoclonais são também conhecidos como terapia-alvo. Nesse tipo de tratamento, a medicação se liga a uma proteína que é expressa no tumor e dessa forma tem uma ação mais direcionada às células tumorais. Eles podem ser utilizados junto com a radioterapia ou em combinação a quimioterapia.

Já a imunoterapia corresponde ao uso de anticorpos monoclonais que se ligam a proteínas que se encontram nos tumores e que dificultam a ação do sistema imune. Dessa forma, o sistema imune fica mais ativo e consegue ‘localizar’ o tumor, levando a destruição do mesmo em alguns casos. 

A escolha do tipo de tratamento depende uma avaliação médica especializada, levando em consideração os fatores acima mencionados, como o estágio e o momento em que a doença se encontra e fatores do indivíduo.

 

 

 

Dra. Milena Mak –  Oncologista do Hospital D’or ICESP

 

 

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