Câncer de cabeça e pescoço na Voz do Brasil

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Câncer de cabeça e pescoço na Voz do Brasil

Confira agora o texto do áudio veiculado na edição da Voz do Brasil – no dia 07/07/2017 às 19h53 – sobre o Câncer de Cabeça e Pescoço. Se preferir escutar, vá direto ao final do post!

“Médicos, pacientes e deputados reforçam a campanha de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço, que tem elevada incidência no Brasil. O “Julho Verde”, campanha de conscientização sobre a doença, foi debatido em audiência pública da Comissão de Seguridade Social da Câmara. Quem acompanhou foi José Carlos Oliveira. A iniciativa também partiu da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer, coordenada pelo deputado Antônio Jácome, do Podemos do Rio Grande do Norte. O Instituto Nacional do Câncer prevê, só para este ano, cerca de 40 mil novos casos de tumores na região da cabeça e pescoço, sobretudo na boca, esôfago cervical, laringe e glândula tireóide. Os homens são as principais vítimas, apesar da crescente incidência entre as mulheres. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Fernando Walder, explicou que 50% dos pacientes são diagnosticados em estágio avançado da doença, o que dificulta o tratamento. Fernando Walder: “Diferentemente dos outros cânceres, o câncer de cabeça e pescoço é estigmatizante: ele está na cara. A pessoa não fala, não come, tem dor, tem disfunção, inclusive para viver em sociedade. É o maior índice de suicídio entre pacientes oncológicos do mundo. Se se pegar um paciente com uma lesão de um centímetro, cura-se esse paciente, o tratamento custa quase zero e você tem um resultado excelente”. O foco no diagnóstico precoce também foi enfatizado pela presidente da Associação de Câncer de Boca e Garganta, Melissa Ribeiro. Ela perdeu a voz por conta de um câncer na laringe e falou, na audiência, com a ajuda de um aparelho transdutor de voz. Melissa Ribeiro: “Eu sou um exemplo de diagnóstico mal feito. Eu fui mal atendida por um otorrino durante um ano e meio”. Segundo os especialistas, o tratamento eficiente é caro e multimodal, envolvendo, por exemplo, profissionais de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, odontologia, psicologia, fonoaudiologia e fisiatria. Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, há carência de profissionais no País e o atendimento médico é muito concentrado em poucas regiões. Estudo realizado entre 2001 e 2012 mostra que, dentre os países emergentes do Brics, o Brasil foi o que mais investiu em Saúde Pública, por meio do SUS. Só que o valor seria mal aplicado, com 70% do volume oncológico gastos com quimioterapia. O Ministério da Saúde reconheceu o deficit expressivo em radioterapia, mas informou que um plano de expansão está em curso. Um dos autores do requerimento de audiência pública, o deputado Dr. Sinval Malheiros, do Podemos de São Paulo, pediu maior racionalidade no investimento público em saúde. Dr. Sinval Malheiros: “O tumor de cabeça e pescoço é um problema sério de Saúde Pública e cerca de 500 mil casos novos são descobertos no mundo, por ano. É de suma importância, para o Brasil, discutirmos os assuntos relacionados a câncer, que é uma moléstia com crescente frequência”. Entre os principais sinais e sintomas do câncer de cabeça e pescoço, estão ferida na boca que não cicatriza, caroços e ínguas no pescoço, nódulos na bochecha, área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua e amígdalas, além de dificuldade ou dor para mastigar e engolir.

Da Rádio Câmara, de Brasília, José Carlos Oliveira.”

Para conferir o áudio na íntegra:

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